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Como evitar o cyberbullying na escola

Agência Covere | 25/04/2024

O termo "bullying" tem ganhado destaque recentemente entre os estudantes, e tanto pais quanto professores estão em constante busca por soluções para erradicar esse problema. Com o avanço da internet, as agressões atingiram uma escala sem precedentes. Nesse cenário, é essencial que diretores e professores compreendam o papel da escola na prevenção do cyberbullying. Sofrer bullying não apenas prejudica o desempenho acadêmico, mas também afeta outras áreas da vida, deixando marcas profundas tanto física quanto mentalmente. Portanto, a escola desempenha um papel fundamental na garantia da segurança e bem-estar de seus estudantes.
O cyberbullying surge quando as agressões extrapolam o mundo físico e se manifestam no ambiente virtual, uma realidade cada vez mais presente devido ao aumento do uso de computadores, smartphones e tablets. Considerando que grande parte do tempo dos alunos é gasto no mundo virtual, especialmente dentro da escola, é necessário que os responsáveis dentro do ambiente escolar estejam vigilantes e tomem medidas enérgicas para evitar que tais comportamentos se tornem frequentes.
Um aspecto fundamental que a escola deve controlar é o uso da internet para propósitos educacionais. Atividades pedagógicas devem ser cuidadosamente monitoradas e supervisionadas pelos educadores. A análise meticulosa do comportamento de cada aluno é essencial para garantir a segurança de todos os envolvidos.
A escola precisa assumir diversas responsabilidades na luta contra o cyberbullying, demonstrando aos estudantes que não estão sozinhos nessa batalha. É importante implementar abordagens educativas e, quando necessário, medidas disciplinares para prevenir incidentes.
Realizar encontros e palestras sobre o tema é fundamental para prevenir a ocorrência de cyberbullying. Durante esses eventos, é importante orientar os alunos que estão enfrentando esse problema sobre como agir e a quem recorrer para obter ajuda.
Com o aumento do acesso à internet e a capacidade dos alunos de se conectarem em diversos locais, as escolas enfrentam desafios significativos no combate ao cyberbullying, encontrando certas limitações institucionais. Em tais casos, é crucial que os responsáveis sejam notificados imediatamente pela escola ao perceberem comportamentos fora do comum. A luta contra esse problema transcende os limites escolares e requer a colaboração ativa do ambiente familiar.
Isso implica que os pais devem estar tão atentos às interações virtuais de seus filhos quanto às suas relações no mundo real. Apesar de parecer desafiador, é essencial conhecer as redes sociais frequentadas pelos adolescentes e o tipo de conteúdo que eles produzem ou consomem. Essa conscientização é fundamental para mitigar os riscos do cyberbullying.
Uma sugestão é criar perfis nas redes sociais em que os adolescentes estão presentes e, se possível, estabelecer contato com os amigos com quem eles interagem. A lista dos sites visitados também deve ser compartilhada entre a escola e os pais. Essas medidas visam garantir o bem-estar dos jovens e facilitar a detecção e intervenção imediata em casos de cyberbullying.
É igualmente importante identificar os perpetradores do cyberbullying. Ao adotar essas precauções, tanto a escola quanto os pais podem descobrir que o jovem não é uma vítima, mas sim o autor do cyberbullying. Nesses casos, medidas adequadas devem ser tomadas para abordar o comportamento prejudicial.
Como destacado anteriormente, é fundamental estar ciente das atividades dos alunos no mundo virtual para que todos possam permanecer vigilantes quanto aos sinais de cyberbullying. A participação de todos os membros da comunidade escolar - diretores, educadores, pessoal administrativo e de apoio - é fundamental para monitorar o ambiente escolar de forma eficaz.
O cyberbullying pode ser praticado por uma variedade de pessoas, desde colegas de classe até membros da família, e suas consequências podem ser devastadoras. De acordo com uma pesquisa divulgada pela Intel Security, que entrevistou 507 crianças e adolescentes entre 8 e 16 anos, 66% dos entrevistados relataram ter presenciado algum tipo de agressão nas redes sociais. Além disso, o estudo revelou que 21% dos participantes entre 13 e 16 anos admitiram terem sido vítimas de cyberbullying.
Dentre esse grupo, alguns admitiram ter praticado o cyberbullying, citando três principais razões: defesa (em resposta a um comportamento da vítima que não foi bem recebido), antipatia pela pessoa mencionada nas ofensas, ou simplesmente para se alinhar com outros membros do círculo social que também estavam envolvidos.
Esses dados revelam uma realidade alarmante, especialmente considerando que, em casos extremos de cyberbullying, as vítimas podem chegar ao extremo de tirar suas próprias vidas. Existem diversos sinais indicativos de que alguém está sofrendo com essa situação. Indícios como introspecção, tristeza, agressão, dificuldade de comunicação e concentração, além de desânimo durante as aulas, podem indicar que alguém está sofrendo com o problema.
Sinais como esses são bastante frequentes e é essencial que os professores estejam sempre atentos a eles, especialmente quando um aluno que costumava ser alegre e participativo começa a apresentar mudanças de comportamento após sofrer agressões. Qualquer alteração nesse sentido deve ser investigada cuidadosamente.
É essencial adotar as medidas necessárias diante do cyberbullying, mas é igualmente importante abordar a questão da maneira certa. Segundo especialistas, é preferível priorizar o diálogo em vez de recorrer a práticas repressivas, que podem aumentar a agressividade da pessoa envolvida no cyberbullying.
O Grupo de Estudos e Pesquisa em Educação Moral recomenda que os educadores incentivem conversas entre os estudantes e mantenham espaços criativos. Ouvir atentamente é essencial, pois isso encoraja os alunos a compartilharem suas experiências, possibilitando intervenções eficazes.
É importante destacar que alunos que enfrentam o cyberbullying e não recebem apoio de um profissional qualificado podem carregar sequelas desse trauma por toda a vida. Essas marcas não se limitam apenas ao aspecto físico; elas podem deixar profundas cicatrizes psicológicas.
Atuar proativamente para prevenir a propagação do cyberbullying demonstra ser uma medida altamente eficaz. O cuidado com o próximo pode ser incentivado por meio de recursos como filmes, livros e artigos específicos. Essas discussões em sala de aula têm o potencial de sensibilizar os adolescentes para as necessidades dos outros, facilitando ainda mais a conscientização.
Ao promover essa consciência, é provável que os próprios alunos consigam reconhecer em seu comportamento o que é saudável e o que precisa mudar. Com esse autoconhecimento, suas decisões tendem a ser mais positivas do que as tomadas anteriormente.
Por esse motivo, a prevenção deve ser uma presença constante na vida das pessoas, pois isso contribui para a criação de um ambiente escolar mais acolhedor para todos, em que o crescimento pessoal e profissional é o foco principal.
É importante que os alunos se sintam integrados a algo maior do que eles próprios. Ao cultivar esse senso de cuidado e apoio mútuo, é provável que ocorram mudanças significativas no comportamento.
O cyberbullying é uma consequência do mundo moderno, em que a conexão constante é uma realidade. É essencial que sua erradicação seja uma prioridade, visando evitar sequelas que podem afetar o estudante ao longo da vida.
Pode-se concluir que esse problema representa um desafio significativo em um mundo cada vez mais conectado. É fundamental que as escolas, famílias e comunidades adotem medidas proativas para prevenir e combater esse fenômeno. A conscientização, a promoção do diálogo e a criação de um ambiente escolar acolhedor são passos essenciais para proteger os estudantes e garantir que possam prosperar tanto pessoal quanto academicamente. Ao trabalharmos juntos para erradicar o cyberbullying, podemos promover um ambiente mais seguro e saudável para todos.

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